É alguém que me acompanhou, num percurso profissional de 11 anos…quase 12, e que sempre me ajudou a concretizar as tarefas que o emprego impunha, com o menor esforço ou stress. Se a era das máscaras veio para ficar eu devo confessar que vou passar por pessoa mal educada pois não consigo reconhecer as pessoas mas, após a máscara removida, eis a antiga colega de trabalho que já não via desde 2013! Falamos de tudo, sem aprofundar nada. Matamos saudades de um tempo em que, apesar das poucas armas que tínhamos, fazíamos verdadeiros milagres em termos de vendas e a sua entrega ao domicílio. Foi uma salutar recordação de pessoas que tanto nos dizem e com quem já não teremos oportunidade de confraternizar novamente. Foi bom, muito bom!
A salutar constatação que uma noite que querias calma, a um canto, a ver passar tudo e todos se pode transformar numa amena cavaqueira entre pessoas que não encontrarias, mesmo se procurasses. Cumprimentos enviados a quem os merece e as despedidas trouxeram a última cerveja, acompanhada de um amoroso “É mesmo esta que vai fazer a diferença?” – ao que me apeteceu responder que sim, foi! O caminho, feito junto ao mar, foi a mais tranquila das viagens para casa deste verão – as ondas a mostrarem tantas oscilações, as rochas que ficam despidas quando a maré desce, a gota de maresia que bate na cara. E tudo isto enquanto aquele muro me ia acompanhando, do lado direito, e eu ia recordando o quantos muros serão necessários até nos sentarmos e

falar, num diálogo que parecia prometido mas que peca por tardio.
O domingo trouxe o ócio – uma vontade enorme de não despir o pijama, não tomar banho….ser um inerte humano, só hoje! Fechadinho no meu cubículo e em contacto com o mundo….é o máximo a que posso aspirar hoje! E muito feliz com isso!
