Natural born killers

Eu sabia, na sexta-feira quando resolvi ir em frente com a decisão, que o fim de semana ia ser muito intenso. Sabia que muito provavelmente me deixaria extenuado, mas largamente recompensado, cansado, mas de prazer.

Depois das agruras de um relacionamento demasiado redutor, eu havia esquecido a sua existência (quer de um quer do outro). Talvez não me quisesse recordar ou apenas não me lembrasse, mas lembrei-me que haviam passado 2 anos e imediatamente o sonho voltou. A pergunta que não me largava a cabeça era: será que realmente há novidades? E havia!

Percorri os caminhos cibernéticos da literatura e havia duas obras-primas já disponíveis e uma a ser lançada no dia 11 deste mês. Imediatamente comprei as 2 disponíveis em Português e a que sairá no dia 11 – que será lançada em Inglês.

Foi um domingo de loucura em que, por muito pouco, quase não cheguei ao destino. Completamente vidrado na ânsia de começar a ler, começar a sofrer, começar a tentar decifrar antes do autor o escrever, de chegar ao fim e exclamar: sempre muito bom. E assim foi…até consegui bater o tempo de leitura que o Kindle diz que o livro demora…

Foi muito bom voltar a partilhar momentos com o Gabriel – ainda mais tratando-se de uma aventura maioritariamente passada na Irlanda – e voltar a sorrir com as descrições que o Daniel faz dele.…em sonhos revejo sempre a imagem de um dos melhores restauradores de obras de arte do mundo, apoiado no queixo e com o rosto ligeiramente inclinado…sublime!

Cansei-me, mas foi dos esforços mais recompensadores que tive, num Fitzgerald Park que ora estava nublado ora estava ensolarado. Um dia muito bem passado! Na companhia de estranhos, com o ruído da natureza e com o meu livro. Bem-haja!

A minha casinha…

Que eu sou um saudosista já não é novidade para ninguém que me conheça minimamente bem, que eu vibro com a forma como sou recebido também não escondo, que é recompensador saberes que a tua ausência é sentida…é.

Sempre me pautei pela transparência e frontalidade, aproximando alguns e afastando outros, e penso que é a única forma de realmente estarmos bem com a vida. Não fomento e não alimento rumores, sento-me e ouço o que têm para me contar, sai um sorriso esgalhado e continuo com a minha vida.

E assim vou superando dias, pessoas e obstáculos. Sempre com o meu bem estar como prioridade, sem magoar o próximo e com o projecto seguinte em mente.

A vida que escolhi tem o dom de dar-me sorrisos traquinas e gargalhadas sonoras. Sempre foi o meu objectivo.

É bom regressar a casa – 1/6/2017