Nada melhor do que um bom pequeno almoço para começar bem o dia! Duas tostas, completamente submergidas em baked beans e duas chávenas de café.
Mentalmente revês o que passou do fim de semana e esboças o sorriso traquinas. Entre os aguaceiros sais de casa, apanhas um pouco de sol e dás por ti numa rua que é só tua. Trilhas o teu caminho, no passo desorganizado e típico de domingo, e chegas ao teu café de culto onde lês um pouco do “The Last Kabbalist of Lisbon” e agradeces à Invicta por ter adoptado um autor que te dá lições de história enquanto te conta uma história.
Bebes os teus dois cappuccinos, vês que as nuvens se começaram a deslocar mais rapidamente e pensas que talvez venha aí uma chuvada mas, a meteorologia é mais sensata do que o teu julgamento, és brindado com um sol aberto quando já estás no teu passo acelerado de regresso a casa. É talvez a natureza a dizer-te que, quando menos esperas, algo ou alguém te surpreende.
O sorriso traquinas toma novamente conta de ti e invertes a marcha. Fazes uma caminhada desde o Porto até à Universidade e, pelo caminho, já não te admiras quando enfrentas as quatro estações do ano… estarás adaptado? Porque não sai esse sorriso da tua face? Dás uma sonora gargalhada e prossegues a tua caminhada, observando cuidadosamente, os detalhes de tudo por onde passas e, chegado ao destino, deitas-te na relva e lês um pouco mais.
Estás completamente descansado da semana de 55 horas que tiveste, pronto para uma simples semana de 40 horas e, acima de tudo, grato pelas surpresas que esta cidade te tem oferecido.
Como se descobrisses um caminho só teu, uma rua só tua – 21/5/2017