Trabalhadores à paisana.

Por fora, para quem espreita sem ver o miolo, dá a impressão que são apenas dois gajos, com máquinas fotográficas, a passearem e passarem um bom bocado. As montanhas, os rios, as lagoas, o povo que circula, toda uma série de cenários em que cada momento é aproveitado para aperfeiçoar o passatempo que é a fotografia.

Começa cedo e obriga a desviar dos últimos resistentes (?!) da noite de sábado. Acompanhados pela neblina, e já com o destino definido, ei-los a caminho do destino, com as habituais paragens madrugadoras onde os estranhos são os últimos seres esperados, tão cedo pela manhã.

Abastecidos de água, e com a primeira cafeína ingerida, chegam a uma Viana do Castelo onde ainda se ouvem os últimos acordes de uma festa de música electrónica – uma agonia a condizer com o nome da festa local. Numa qualquer esplanada observam um transeunte, movido a Jameson, que inventa uns novos passos de dança, com os ouvidos a tentar sincronizar a agonia sonora que se ouve ao longe…

Umas fotografias depois, por entre uma neblina que abraçava a cidade, ei-los sentados na Taberna do Poita. Um empregado bastante motivador incentiva-nos a escolher o bacalhau frito e o almoço passa bastante rápido. Tempo para visitar as Lagoas de Bertiandos e subir a serra d’Agra. Objectivos que cumprimos, com a tranquilidade necessária para fotografar o que de mais interessante encontramos, e ainda comprar umas Clarinhas, em Fão, no regresso a casa (um jantar docemente improvisado).

Foram 14 quilómetros (total da caminhada do dia) a inspirar a pura beleza portuguesa, por entre tantos detalhes de outrora que, por vezes, julgamos desaparecidos, em mais uma jornada de verdadeira reflexão, descoberta e descanso. No final, respira-se felicidade por um dia bem passado! 

Simples e recompensadoras – 12/8/2024

Serra de Arga.

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