Não havia procuradora mas a sensação foi exactamente igual: a tensão do documento, a leitura atenta do rascunho, a edição – aqui e ali – necessária, o reler da versão final e o carregar no botão de enviar.
Terminou assim uma das mais belas aventuras que um eventual narrador já experienciou. As lágrimas, ao reler o texto final, já depois de assinado por ambas as partes, relembrando cada pequeno detalhe alegre que compunha a aventura.
Um sorriso aberto – ao recordar cada pedacinho maravilhoso e um esgar de dor – ao recordar cada um dos maus momentos que a este dia conduziram.
O assoar de um nariz entupido pela tristeza, enquanto a imaginação recorda a felicidade de breves trechos, na tentativa de acalmar as narinas – numa espécie de começar de novo.
Amor sem analgésico – 28/7/2024