Durante três anos sonhei com as ondas do mar caseiro; excepção feita a Lefkada, com ondas altas e excepcionalmente azuis claras a quebrarem na praia, o restante é constituído por ondas que mal cobrem o dedo mindinho.
Hoje, pela manhã, tive a oportunidade de ter que caminhar para ir de encontro às ondas, mercê de uma maré baixa que coloca as ondas a cerca de cem metros de terra.
Já não me lembrava de “ter que ir ao encontro das ondas”, mas a conjugação de caminhada e mergulho é uma vigorosa terapia. Numa espécie de biatlo, conseguimos reflectir na caminhada e deixar o mar levar as impurezas de pensamento acumuladas com o mergulho.
Repito hoje passos que com 18 anos fazia diariamente. Com o mesmo objectivo de outrora e, felizmente, com o mesmo resultado.
A água que tudo lava – 23/7/2024