Estou a ultimar um panfleto para distribuir, antes do início de qualquer relacionamento. Intitulado “A beleza da perda da liberdade em prol de um relacionamento.”, o panfleto aborda temas sempre actuais e que podem, no meu ponto de vista, contribuir para uma convivência mais saudável, com menos tempo perdido, e uma abordagem mais directa de quais os objectivos considerados, por mim e na minha humilde opinião, fundamentais para uma sã convivência.
Tal como os avisos, nos maços de tabaco, terá escrito, em letra maiúscula, os dizeres “O relacionar-se com outrém pode afectar seriamente a sua individualidade em prol de uma liberdade comum a ambos os indivíduos. Pense bem antes de embarcar numa ousada jornada amorosa!” Será distribuído por todas as caixas de correio, juntamente com o anúncio mais recente dos produtos em promoção do LIDL.
Haverá, obviamente, quem reconheça vantagens em ter uma liberdade a dois e desvantagens se forem mais do que dois. Quem se auto intitule como alfa e tenha dificuldades com um simples guarda-chuva. Quem não entenda o conceito e quem fique maravilhado com ele. Haverá sempre o livre-arbítrio, e ainda bem! Interessa é a paz interior de cada um, sem que a de outrém esteja comprometida, sobretudo em termos do tempo que por cá temos.
A maturidade dá-nos a capacidade de transladar os problemas amorosos – do sistema circulatório para o sistema digestivo – e, uma vez efectuada essa transição, permite a digestão total das mazelas e posterior evacuação através do ânus.
O intestino existe para permitir que os seus 7 a 9 metros de comprimento sejam suficientes para reduzir tudo a minúsculas partículas, não observáveis a olho nu e, uma vez limpo o traseiro (o bidé é aconselhável, para evitar que nem a mais fina partícula ouse criar raízes – num sentido figurado, obviamente), o indivíduo em causa – homem ou mulher – é considerado apto e livre para começar de novo.
Ainda estou a estudar a problemática do papel higiénico – uma vez que o bidé é aconselhado mas não obrigatório – mas, como utilizador frequente do bidé, deixo essa problemática para quem quiser participar e melhorar o processo! É assim que a ciência progride!
De coração cheio e humor afiado – 8/5/2024
