A máquina fotográfica, a lente de 300, um rolo de papel higiénico, uma faca de mato, um boné, meias e sapatilhas extra. A tarefa, sempre executada após o final do jantar, é quase uma rotina – um automatismo enquanto se imagina os caminhos do dia seguinte. Uma vista de olhos pela meteorologia, a confirmação de que está tudo pronto, o despertador pronto para levantar a encomenda na padaria.
Sonhos feitos de passos, pesadelos com saltos para cima de pedras (elas teimam em magoar), um calção de banho e toalha adicionados. Uma revisão pelas aplicações a usar, download dos trilhos mais actualizados, uma visita rápida com o Google Earth. Sorriso de orelha a orelha, um relembrar aos parceiros de caminhada, uma gargalhada porque a ementa é tão comprida quanto o trilho.
Uma imaginação muito vasta, a recordação mental para a necessidade de comprar calçado, um encolher de ombros porque não é uma prioridade. Confere-se os cartões todos, verifica-se o saldo da conta, faz-se uma marcação de última hora. Revê tudo novamente, fecha os fechos da mochila, dá duas abanadelas e umas pancadinhas para que tudo entre nos eixos. Vamos?
Só falta chegar a hora! – 19/4/2024
