Rotinas não são uma alimentação saudável.

O adormecer foi fruto do esforço despendido e, ao contrário do que seria expectável, não viste o The Hateful Eight até ao fim – o que trouxe para hoje a interrogação do porquê de tal falha. O Kill Bill, um e dois, ainda vá, tolera-se, mas o The Hateful Eight é caso para te sentares num divã e debruçares-te sobre o que é que pode andar a condicionar o teu comportamento: será a caminhada, a cafeína, as águas das pedras? Não sabes a resposta, o que te leva a repetir os passos dados, imbuído de uma inconsciência fictícia, em que sabes perfeitamente o porquê mas, envergonhadamente, escolhes fingir que não.

Escreves o script mental, fazes uma antevisão de todos os cenários possíveis: deglutes no teu imaginário todo um tabuleiro de xadrez de hipóteses e quais os movimentos seguintes. Suspiras com a imagem mental do nariz perfeito, das covinhas nas bochechas, na indumentária tão condizente com a pessoa que a veste. Acordas do sonho acordado, lavas a cara – como farias se estivesses a acordar de um sonho real, sorris com a capacidade de tanto imaginar, cumprimentas-te pela falta de eficiência entre sonhos e ações. Sais de casa e vais tomar um café, uma água das pedras para ajudar a engolir tantas ideias, tantos pensamentos, tantos projectos. Não pedes um doce porque o doce já o imaginas tu.

Que as diabetes nunca me atinjam – 15/4/2024

Que a beleza nunca falte.

Deixe um comentário