A quilometragem.

Extraindo todo o potencial do vento sul, na mesma passada de sempre, olhando para o mar como ele me olhava a mim – de lado e com cara de poucos amigos – enfrentando caminhos de madeira entremeados por pedaços soterrados de areia, assustado com lagartos e sentimental com a visão das mães e crianças na praia.

O dia está quente mas a forte ventania obriga a cuidados especiais: evitar caminhar de frente para a ventania – se bem que, de costas, acabo com areia colada nos braços e mãos desnudados, que agora retiro enquanto descanso. Esplanadas viradas para sul estão desertas e, as viradas para norte, demasiado cheias – como incentivo adicional para continuar…sempre, sem paragens.

Um devaneio sonhado, uma mensagem enviada, um convívio falhado. O ónus do encontro transposto para outrem, um suspiro solto, uma esperança renovada. Um grilo falante evitado, um cumprimento dado a quem o merece, um abraço apertado a quem já te fazia falta encontrar. Um sorriso como forma de agradecimento a quem te faz o coração pulsar.

E tudo enquanto exercitas…o melhor ginásio é ao ar livre!

O cansaço de uma caminhada retemperadora – 5/4/2024

O tolo no meio da ponte.

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