Será doença ou sanidade plena?

Que se sofre por antecipação, que se torna uma realidade permanente, no teu sonho. O corpo e mente totalmente projectados no futuro, apenas e só porque a vista pretende enxergar o que sempre consideraste como “a tua terra”.

A família faz questão de estar presente e, o “convidado”, sente um calor imenso que já quase não reconhecia – por falta de prática, por falta de visão ou, como interiormente ele pulsava e uma voz associada lhe dizia “por falta da presença efectiva e próxima.”

Fazia um esforço enorme por conter manifestações de júbilo que, eventualmente, poderiam revelar e desnudar todos os sentimentos internos. Engolia em seco, como forma de agradecer a todos os que estavam presentes.

Vertia lágrimas de felicidade, derramadas internamente, sem deixar transparecer o atentado ao pudor que poderiam constituir – caso o secretismo fosse descoberto. O sorriso – sobejamente revelador – mostrava o quanto cada um dos presentes o tocava, sentimentalmente.

Por um longo momento, o humilde narrador pareceu ter uma “Out-of-body experience” e, observando todo o cenário a uma distância imaginária e próxima, exclamou “É deveras reconfortante estar em casa.” E, de volta ao mundo real, sorriu, para todos os presentes que, um por um, lhe foram retribuindo o carinho.

De Atenas a Espinho, por um caminho de carinho. – 9/1/2024

We can laugh about feelings!

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