É com um sol quente, enquanto bate na cara, que vos escrevo. Com uma montanha branca, no meu lado esquerdo e uma cidade a derreter, no meu lado direito – um bom retrato da beleza da vida que, de um lado, possui montanhas – que ora estão escaldantes ora estão geladas e, do outro, mostra as consequências, a aprendizagem, a maturidade do processo.
Ambos os pés em cima do corrimão da varanda do quinto andar, uma Coca-Cola fresca e uma boa leitura em perspectiva – eis um bom domingo, por entre momentos de saltimbanco, à mercê de nuvens frias e teimosas que teimam em nublar o maravilhoso sol que, por entre elas, nos vai piscando uns raios solares de incentivo.
O quarto é virado para trás (um luxo, numa capital onde vive mais de metade da população do país) e o despertar é natural…ora com o inconfundível ruído do vento a passar nos suportes dos toldos que, ao oscilar, criam uma melodia diferente de cada vez, ora com um pássaro que aproveita para se lavar, numa concentração de água que habitualmente aí existe,
A vizinhança é espectacular e consigo ter sol no apartamento durante o dia inteiro…bravo, como se celebra por cá. Tudo existe num raio de 250 metros e o centro está a cinco minutos de distância! Este momento de felicidade é uma conjugação de tudo o que anteriormente foi enumerado, num contexto de coração saudosista. De quê? Não sei…vou continuar a procurar!
