Não se trata da história de um jogador de futebol, especialista na marcação de escanteios, como dizem os Brasileiros, mas apenas uma reunião de locais que nos conquistam – não no sentido parolo de quanto mas caro, melhor – mas no sentido emocional do quando mais reconfortante é recompensador, melhor! Este conquistou-me pelos limões! Não, não se trata de uma analogia às partes do corpo masculino, habitualmente penduradas no meio das pernas, mas sim da minha homenagem a uma das melhores limonadas que já provei!
Afinal é sobre limonada, dirão os incautos, inconscientes de que falamos da mãe de todas as limonadas e não de apenas mais uma limonada! Há uma clara diferença que é preciso acentuar, numa tentativa constante de afastar o comum mortal da frivolidade rumo ao conhecimento, ao norte, ao estímulo intelectual! Basta espremer limões, esclarecerá o intelecto do analista desportivo, ciente da sua incapacidade para aprender versus o curioso que, interrompendo o analista, lhe pede para deixar ouvir até ao fim pois tem curiosidade em conhecer, independentemente da aparente simplicidade do assunto.
Talvez a receita seja tão secreta quanto o molho de francesinha, em que nem o cônjuge pode estar presente na preparação, apesar de todos os votos de até que a morte os separe! A verdade é que é um prazer estar a saboreá-la, no calor mais controlado de hoje, assistindo a tudo o que me rodeia, num exercício equiparável ao dos pacientes em estado vegetativo – de olhar perdido, a seguir um ou outro pássaro, tentando não salivar em demasia e, porventura, só voltando a mim quando um carro azeiteiro passa, com as colunas de som num volume ao nível da estupidez de quem o conduz!
Pés bem assentes na Terra, no planeta mesmo!
