O azul e branco

Não me recordo como me tornei adepto do Futebol Clube do Porto mas o primeiro momento, a primeira recordação de afecto clubístico que tenho é o momento da celebração do título, após 19 anos de jejum.

Na varanda da Velasquez, rodeado por família, recordo-me de ver a praça completamente cheia de carros estacionados – nesse dia a fluidez do trânsito podia esperar – as pessoas que tinham um sorriso aberto, muito perto do verter a lágrima.

Alegria indescritível, talvez seja esse o termo que procurava – a sensação de que tudo vai passar pela Bulgária, República Checa ou Roménia e, no final, estou a caminho de Atenas! A vida é feita de pequenos detalhes mas há os pequenos que se agigantam e, apesar de nascerem detalhes, tornam-se a opção de vida da qual já tinhas saudades.

Pequenos percalços no caminho, a obrigar a uma noite passada em Istambul, a dar ainda mais força à vontade de chegar, ir ver o apartamento e começar a viver Helenicamente! (Inventei o termo)!

Já desço os jardins nacionais, já subi ao Philopappos inúmeras vezes, já tomei café como um louco! Já visto roupa de verão, já me banhei em duas ilhas diferentes, já….já sonhei que nunca tinha partido! O visualizar tantas coisas a repetir como método para melhor lidar com a saudade!

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