Rodeado por três beldades, a única expressão que me ocorreu dizer foi: morri e estou no céu?! A verdade é que estava vivo mas ligeiramente ébrio. De um salto surgiu a expressão “Bebi demais, vou para casa!” e o final de tarde estava salvo! A mania de dizer verdades, despreocupadamente, é o ponto de saturação que me indica o caminho para casa, numa velocidade estonteante, como se estivesse atrasado para o meu funeral (rumo a uma decisão que não tomei mas que fui dirigido para)!
As palavras são ditas e o interrogatório que se segue é das mais doces sensações da vida – porque há quem pretenda aferir de quanta verdade havia nelas! Suores frios, pelos eriçados em locais que nem sabias existirem, a verdade nua e crua face a uma resposta que pode condicionar o teu presente e futuro, o nervoso miudinho das borboletas – sempre elas – a pavonearem todas as suas cores num cenário que pretendem duradouro. A justiça de o poder ver nos teus olhos! A verdade como motor simples e duradouro face às agruras com que nos deparemos!
A única certeza que o olhar delas havia deixado era o mais retemperador dos tónicos! A imaginação dele já só vagueava numa tempestade de cores que o obrigava a escolher uma cor preferida mas a experiência de vida, essa varinha de condão da ausência de razão face a uma exacerbada presença de emoção, disse-lhe ao ouvido “Deixa fluir….!”
Em cada Carlsberg uma amiga – 10/5/2021
