A imaginação e as suas asas

Sentado na minha esplanada caseira, de pernas bem esticadas em cima da mesa e a recuperar dos cinco quilómetros da tarde – de tarde o mais curioso, em relação ao passeio da manhã, é a existência de mais povo do que de manhã – uma demonstração de como as pessoas sabem dividir os horários de maneira a nunca encavalitar tudo numa massa humana digna de CMTV.

Os locais onde outrora treinávamos atletismo e alongamentos, quando chegávamos da bicha das sete cabeças. Ter tido o professor quer como treinador de voleibol quer como professor foi espectacular para ainda recordar os trilhos que ficaram gravados na caixinha dos bons momentos de infância.

Dez quilómetros feitos com tranquilidade e sempre de olho posto na natureza – uma forma subtil de enganar a mente quanto à distância percorrida – embriagado pela quantidade de informação observada o cérebro tem mais dificuldade em dizer não, amuar e fazer uma cena (obviamente em público!)

Um café que não retira o cansaço de uns olhos que clamam por uma sesta, a falta de café a obrigar-te a adiar o sonho. O supermercado que, cada vez mais, é o ponto de encontro por excelência – uma adaptação dos tempos modernos em que o cumprimento ao longe é uma arma de defesa! A ver o Platoon pela enésima vez, pelo simples gozo de ver uma obra de arte do cinema.

O dinâmica da manhã a passar o testemunho ao doce conforto do sofá azul – 9/3/2021

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