Nunca os dias são iguais mas, se falarmos em rotina, há logo um maior respeito pela disciplina que a palavra contém…como se pretendesse dar uma imagem responsável a alguém demasiado brincalhão para a aceitar!
Quando chove aproveito para ler no exterior – numa mesa verde, típica do verão – que me permite esticar as pernas enquanto mergulho na ficção/realidade do Ken Follett e da sua maneira tão própria e peculiar de nos ensinar o século XX. É obviamente mais frio do que o interior, mas é o preço a pagar por querer um ambiente de leitura tão próximo da natureza – junto do gato preto que passa sem dar cavaco, da gata preto e branca que está sempre grávida ou do gato branco que, muito recentemente, se mudou para a garagem…
Não há horários estabelecidos para absolutamente nada – numa espécie de empresa de novas tecnologias que prefere ver as tarefas cumpridas a ver os funcionários sob a alçada do horário rígido. Há a obrigatoriedade de comprar fruta e iogurtes, numa base diária, numa forma ingénua de arranjar uma desculpa para mais uma visita ao Pingo Doce. Há a reserva de tabaco que tem que estar acima dos 2 maços, a reserva de cerveja no mínimo de meia caixa (calma, são minis), a comida preparada para as fomes nocturnas.
Há a proximidade como só Espinho proporciona, por entre obras que teimam em manter a cidade dividida quando o projecto inicial pretendia justamente unir a cidade, vou por diferentes trajectos – para evitar o povo, registo o Euromilhões nos dias de sorteio, acrescento uns passos ao pedómetro diário quando reciclo o vidro da noite anterior. A corrida de caricas de cerveja foi a melhor gargalhada, até agora!
A leitura, a música e o Netflix como fiéis companheiros.
Pandemia Covid? Eu estive lá – 11/2/2021
