Acordei cedo e senti-a a olhar-me. Tinha um ar de quem controla as coisas e aguardou serenamente que nos cruzássemos novamente. Eu andava despreocupadamente pela casa, a cumprir com o dia-a-dia, a ouvir música, a ler uma trilogia, a divagar com os olhos perdidos no limoeiro do jardim. Foi já no final da manhã que senti o chamamento dela. Aproximei-me, de forma muito cautelosa, e olhei-a, de cima para baixo, e exclamei-lhe: não voltarás a controlar a minha vida! Ela, com a sua habitual e auto-intitulada característica Alfa, recusou obedecer e eu calquei-a! Primeiro com o pé esquerdo e depois com o direito. Ela devolveu o número 91 e eu, que não aprecio a presunção, deitei-a fora. Estamos de relações cortadas até o número obedecer ao equilíbrio fundamental numa relação que não queremos que seja de muito peso mas duma ligeireza sem igual.
A minha balança pesa mais do que a tua – 27/12/2020
Poesia satírica em tempos de festa, nunca adiada. Gosto!!
Muito bom!
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Quando as gorduras desnecessárias têm que ser removidas em prol de uma vida saudável.
Muito obrigado pela visita e beijinhos a todos. Bom ano novo! 😘❤️
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