Longe da vista

É um bom exercício físico: envolve fugas, envolve passeios por ruas novas, envolve paz! Como um camaleão, vai-se camuflando com a natureza existente enquanto observa a triste diversidade de prédios feios que se acumula pela cidade. O interruptor desligado e lacrado para que assim permaneça. A mente constantemente a ler as notícias que o mundo nos vai dando, os livros que levam a cabeça a vaguear pelas descrições dos autores. O Netflix nos intervalos, o passeio higiénico dado no corredor de estacionamento. São dias de um novo ar, depois de pela manhã cedo desconfinar…rimou!

Sem tempo para as manhãs de gins, assustado por um casal de gatos que vive na garagem, assustado com o barulho do vizinho a cortar a fruta da árvore. De manhã cedo satisfeito com o passeio matinal e confinado antes que a onda de gringos atinja a cidade. O pão, do palácio dele, que é o aperitivo ideal para o almoço que se segue. A água, sempre ela, a repor os valores fundamentais dos 80% que compõem o corpo, a cerveja – sempre brutalmente gelada e quase no limiar do congelamento – a acompanhar a noite, ao lado de um aquecedor que faz uma cara empática de cada vez que olho para ele.

Ver o Singles, passados estes anos todos, foi um recuar aos tempos da explosão de música em Seattle. Não só o filme é cómico como a banda sonora é, provavelmente, a melhor que um filme alguma vez teve! Foi bom, muito bom…embora 92 não tenha sido o melhor dos anos. O café curto em chávena fria está digerido, a caminhada matinal efectuada e o recolhimento continua, por entre gargalhadas, a ser visto como um conjunto de dias agradáveis de auto reflexão, sem espelhos!

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