Nada fora ensaiado e a fluidez fez com que o personagem tomasse conta do sujeito e, com a aprovação do sujeito, resolveu a situação que tardava em ter uma pesada rocha – semelhante ou superior a uma existente no Castelo de Monsanto – para que o presente corra sem sobressaltos. Se há excesso de que jamais me poderão acusar é de amar demais – a vida ensinou-me a expurgar fantasmas – soltando, posteriormente e na intimidade do seu espaço – a correspondente flatulência que se dilui no ar, não sem antes dar um cheiro da sua graça.
Há um comediante português que afirma sempre que a vida é como os interruptores: umas vezes está para cima e outras está para baixo mas eu, que sou um gajo de corrente contínua, não partilho da opinião dele. Prefiro uma ligação contínua – numa espécie de mal necessário amoroso, para que ambos sobrevivam. Um coração constantemente aberto a conhecer a natureza da Terra e a natureza das pessoas; frontalmente ignorando os que nada possuem de valor e rejubilando sempre que uma espécie de corrente eléctrica te percorre o corpo e, percorrendo o espaço que te rodeia, descobres uma alma feminina a pulsar com a mesma corrente.
A vida tem muito pouco tempo para intrigas, boatos, bullyings e afins – que, acima de tudo, só denuncia a personalidade de quem os pratica – numa democracia de vida perfeita os maus teriam o seu tempo diminuído e os bons o seu tempo aumentado (Sim, a Madre Teresa seria uma capitalista a vender tempo a preços exorbitantes…ahahahahah). Adoro os 50 e tudo o que de bom eles já me conseguiram dar: o sorriso já há muito abundava, o saber desligar já tresanda de profissionalismo e o ter uma fome de vida enorme não passa…provavelmente chegarei aos 100Kg…ahahahahahah
Devaneio de um sorriso enorme – 10/12/2020