Era um dos jogos da pequenada, no meu tempo, por ser um jogo que combinava o físico (correr para o mais longe possível), a inteligência (até podias nem precisar de correr desde que te soubesses esconder), amizade (jamais envergonharias um amigo sendo o primeiro a aparecer e “livrar-se”), confraternização (independentemente do resultado o final era sempre uma celebração de gargalhadas e boa disposição).
Foi nos desses jogos que decidi não guardar o nome de um dos participantes. Entabulei conversa e aguardei serenamente que o habitual acontecesse. A previsibilidade permite sempre prevenir a perplexidade (adorei esta frase profunda…não volto a escrever outra tão cedo…ahahahahahah). No jogo de escondidas a previsibilidade é, aliada a uma boa audição, o antídoto de todos os futuros mal entendidos. “Não jogo mais contigo”, apeteceu-me exclamar mas o nome do jogo proíbe que os participantes deixem de participar. Quem fez as regras????
Fugiu da sociedade habitual e refugiou-se em novos hábitos (alguns dignos de agente secreto). Por entre becos e ruas, por entre obras e ruas normalizadas, escondia-se em percursos que jamais se recordaria de percorrer – tendo inclusive percorrido áreas consideradas – pela sua interior Protecção Civil – como sendo pontos amarelos e/ou vermelhos. Houve momentos de alto risco mas a prova foi superiormente superada com apenas meia dúzia de encontros. Um registo digno de um sniper, na sua melhor semana de campo!
Desabafos por entre gargalhadas não recalcadas!!!! – 19/10/2020
