Tudo começou com umas costelinhas que andavam a ser adiadas e, na primeira oportunidade possível, lá combinamos ir ao Abel. Começamos dois e o terceiro logo se uniu sendo que o quarto elemento – sem dúvida uma bússola em termos de orientação – claramente foi levado por nós, de maneira a calibrar o Norte.
A natureza não podia unir este quarteto – é sempre demasiado perigoso colocar tanto combustível num só restaurante mas a natureza já não ditava as regras e a missão “Carlsberg e costelinhas” teve início! Na verdade a missão já havia começado umas horas antes – por entre umas sonoras gargalhadas, uns mergulhos salgados e algumas cervejas.
Talvez fosse do vinho verde ou apenas pelo simples facto de estarmos bem mas a verdade é que a noite se desenrolou com muita piada. Por entre gatas, cervejas e histórias de quando éramos putos e todos vizinhos, falamos de tudo em tanto detalhe que nos ríamos com a memória dos tempos de outrora – estávamos a ser adolescentes novamente.
Com a racionalidade da vida adulta fomos desmontando histórias de então que não chegaram a histórias actuais, amores antigos e as criancices todas porque passamos. Rimos, imenso, por entre copos de água, assim que a cerveja terminou. Foi um breve caminho até casa e um sono retemperador que ainda me deu a oportunidade do banho da manhã seguido de uma volta para a cama…vidas, sem horários.
Há pessoas na vida que realmente são para recordar – 14/7/2020
