O nono ano de Desporto

Talvez fosse um projecto secreto do Ministério da Educação ou apenas um acaso mas a minha turma do 9º ano de Desporto era o máximo! Na primeira semana de aulas, e porque tínhamos aulas maioritariamente na sala atrás da baliza, tremíamos todos sempre que ouvíamos a palavra “Penalty”, uma vez que as grades que protegiam os vidros ainda não estavam colocadas.

A caminho do Conselho Directivo éramos saudados como se fossemos funcionários daquele departamento e as mais altas patentes do dito conselho já nos tratavam por tu… “É do nono de desporto”! diziam…Sempre que havia algum problema, em alguma das disciplinas, e o professor perguntava de quem era a culpa, a turma inteira excepto um, respondia “Foi o Vasco”! – típico apontar as culpas para o único que nunca participou das enormes façanhas que esse ano nos deu. Hoje vi-o e relembramos esse detalhe, com uma lágrima de saudade, confesso.

Se tenho a sorte de rever muitas das caras dessa turma de outrora, outras há que nunca mais vi ou já não reconheço – andar sempre a vadiar por países novos tem destas coisas. Em constante trânsito entre o Liceu e a Industrial, para alegrar as vistas com as cientistas, era uma sorte apanhar umas bolachas de aveia no Estrelinha. Vir do Liceu a casa, em 10 minutos, de mota, era uma aventura em que fui passageiro. O colega de cabelinho encaracolado, com uma cara que ainda hoje denota suspeita de algo que aconteceu ou vai acontecer, a conceber o plano perfeito para invadir o balneário das raparigas…

Foi o ano em que dancei no polivalente…

Ser não dançante traumatizado – 19/6/2020

bh
Há um ano atrás estava bem melhor em BH!

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