Já tinha saudades das nossas conversas, madrugada adentro, estando nós em lados opostos da Terra. Tu relembravas locais e eu visitáva-os no dia seguinte e eu, em troca, faláva-te de outros locais que havia conhecido e que teríamos que visitar juntos.
Adormecíamos exaustos em frente aos ecrãs dos respectivos telemóveis, por entre juras de amor, carinhos e o que mais tarde queríamos apelidar de intimidade. No dia seguinte, ainda meio a dormir até acordar para saber onde andava, cumprimentava todos em Português quando o espanhol era a língua oficial e ria-me de mim e da parvoíce que era sair do quarto sem tomar café.
O espalhar do creme hidratante, após mais um dia de Ikinha assado no Sol, como desculpa nossa para um curso intensivo de anatomia e, por entre juras de amor constantes, eu sonhava na almofada. O beijinho antes do carinho como chave de uma porta que mantínhamos entreaberta e que, juntos, conseguiríamos abrir totalmente para, lado a lado, a atravessarmos.
Ontem a minha imaginação julgou ver-te, passeando a tua beleza, e ao invés do “salto de fé” eu fui buscar mais uma verdinha…afinal, é a cor da esperança!
Ellis Boy “Red” Redding: Some birds aren’t meant to be caged. Their feathers are just too bright. And when they fly away, the part of you that knows it was a sin to lock them up DOES rejoice. But still, the place you live in is that much more drab and empty that they’re gone.
Como descrever tudo sem revelar nada. Beijinhos e obrigado pela visita.
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Lindo!! Pleno de sentido e sentimentos! Felicidade…
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