Um dia não são dias…

Há muito que aprendeste a ultrapassar as agruras da vida e, apesar delas, este foi realmente o melhor período de férias que alguma vez tive na vida adulta. Chegado a 1 de Setembro, depois de apanhar o metro e o comboio, subi a rua e encontrei o jovem de 12 anos e 364 dias a correr para os meus braços. Ele já havia ido 2 vezes à estação para ver se eu chegava…sem sucesso! Cheguei no terceiro comboio e o Samsung continuava sem conseguir registar-se numa rede portuguesa…incontactável!

Foi um abraço como só os pais que amam os filhos sabem dar e receber. Foi um agradecimento de um Pai a um filho por todo o esforço que ele tem colocado naquilo que é o emprego dele – os estudos – bem como na forma como tem evoluído socialmente, desportivamente e a maneira como define os seus objectivos futuros. Obviamente o jantar foi escolha dele e as pizzas do Tomate foram a escolha…culpa da menina Paula que lhe mostrou o sabor das ditas e imediatamente o colocou a fazer a sua própria pizza – não estive contigo desta vez, mas nunca és esquecida.

Adaptar-me a Espinho é algo que faço com um gosto que me sai naturalmente! Talvez não seja o que esperam de mim, mas o que eu quero…a t-shirt, as havaianas e o calção de banho são a indumentária mais utilizada! Furando por entre os “rurales” ainda conseguimos um dia de bastantes mergulhos e, com grande alegria, constato que já não fico gelado após o primeiro mergulho – está perdida a adaptação às águas Gregas e recuperada a adaptação às águas espinhenses.

Ri-me, como sempre o fiz, com o Luís Pires e chegamos à conclusão que já só faltam aproximadamente 28 meses até os Pais voltarem a dormir como outrora o fizeram. Debatemos os velhos métodos para adormecer crianças – o aspirador, o exaustor da cozinha, etc…apenas para chegar à conclusão que o rebento dele e da Henrieta consegue triunfar e não cede a métodos velhos de adormecimento.

Coloquei a conversa em dia com a Carla Lacerda e com o Ricardo Tavares e, retomando onde havíamos ficado da última vez, progredimos no conhecimento daquilo e daqueles que nos rodeiam. Muito recompensador e libertador. Bem hajam.

Passei tempos deliciosos com os meus primos, mãe, irmão, madrinha e padrinho “adoptado” e não consigo encontrar palavras suficientes para lhes agradecer. Terá que ser por acções. O Pedro a.k.a. “Careca” foi, como sempre, o impecável animador daquelas noites espinhenses que todos julgam que não vão dar em nada e.…dão sempre! Sempre com o acompanhamento do Roger Waters e alguns discos pedidos – alguns mesmo pirosos – de outrora. Vi a factura detalhada ser introduzida no Bombar e chorei à gargalhada com o detalhe a que se pode chegar!

Gosto muito da minha cidade e de um certo número de pessoas que a habitam. Muitos ainda procuram a sua vocação, mas, acima de tudo, são pessoas que sabem dar tudo em prol dessa palavra que é a amizade. São o que nos faz voltar e ter saudades. Bem hajam.

Sair no aeroporto de Dublin e encontrar o Quim Tó à espera da Mãe dele demonstrou-me que os espinhenses estão em todo o lado, mas os bons…merecem sempre um abraço!

Nunca digo adeus e, quem me conhece, sabe que me despeço com um “Até já”. É mais demonstrativo do desejo de voltar e de estar com aqueles que nos dizem tudo e eu não consegui estar com todos. Com os meus erros e uma ou outra virtude sempre estarei cá para vós. Se me esqueci de mencionar alguém foi por puro descuido meu, perdoem-me!

Aquele abraço, até já!

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