Aquele sábado

Após a limpeza da casa dirijo-me para o meu canto pacífico onde, ironicamente, há um casamento. Lentamente comendo o meu bife com cebola grelhada, a calma é interrompida pelos convidados que resolvem vir fumar para a esplanada.

Os empregados olham os noivos que chegam num clássico. Carro bonito e noivos de cara feliz, abraçando aqueles que os saúdam logo á entrada.

O gerente dá um ar da sua graça quando exclama, dirigindo-se às funcionárias, um sarcástico “até parece que nunca viram um casamento” mas o olhar das funcionárias está naquele momento, no que sentem as pessoas, na felicidade que paira no ar.

Uma lufada de ar fresco numa rotina de trabalho? Talvez. Um momento a observar? Sempre. A constatação da felicidade alheia é sempre um bom contributo para a nossa própria felicidade – um alhear daqueles sentimentos que são considerados pecados e uma empatia com os valores mais nobres da vida em sociedade.

Mais uma pint, um sorriso quando a convidada dá um nó de laço no vestido de maneira completamente oposta á que utilizarias. Uma constatação de que tudo na vida pode ser feito ao contrário da maneira como fazes e o resultado ser perfeito.

Retalhos de um sábado…

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