O 216 chega à frente do 215 e és obrigado a sinalizar o autocarro senão ele não pára. Colocas-te em frente à placa de paragem mas o motorista insiste em parar mais á frente. Esqueces que estás em cima do passeio e dás um passo que, não sendo em falso, muito se assemelha.
Entras no autocarro ainda a falar com o teu joelho, colocas o Leap card na máquina que faz a validação, cumprimentas o homem que te vai guiar. Ele valida o cartão, desconta € 1,61, segues para o teu lugar.
Os lugares do fundo estão ocupados e és obrigado a subir para o primeiro andar. Encontras algumas caras conhecidas, o “maluquinho” de Seattle e mais uns quantos que, embora não conheças, sabes que trabalham na mesma empresa.
Estás no lugar do meio, ao fundo do primeiro andar do autocarro, e questionas-te se vais ter vertigens…Sorris com a ideia, olhas á volta para analisar onde são as janelas de emergência e continuas a olhar quem te rodeia, a paisagem, o trânsito das quase 11 da manhã.
Hoje choveu, enquanto descias para a cidade. Tal como outrora na Grécia, olhaste para o céu e deixaste que as pingas te caíssem na face. Adoras a sensação de um dia de calor com chuva na face… talvez seja a segunda sensação que mais aprecias na natureza, logo a seguir ao cheiro a terra a secar, após uma chuvada, no continente africano.
Aquele abraço.