Domingo

Aquele dia em que raramente saímos de casa e somos reféns do povo que desce à cidade para ver o mar. Normalmente associado à ausência de chuva, quase sempre associado a uma massa popular que se move sem rumo – a fugir da rotina semanal da zona em que vive, a descansar a vista, os pensamentos, o corpo – na mais bela obra prima que, quanto a mim, existe…o mar!

Mas isto aqui não é a tua cidade! É uma cidade onde fazes um esforço para que seja mas tens plena consciência de que ainda há muito para conhecer, muito para gostar e uma parte para amar. Estás inconscientemente a trabalhar nisso sem que sintas tal tarefa como um esforço…é um processo! Sorris e recordas quem te ensinou essa e tantas outras coisas. Recordas que também és Pai e dás valor a cada pequeno ensinamento que transmites ao teu descendente.

Tens a mente limpa, típica de novo recomeço, e sabes que tudo depende somente de ti. Aprendeste a saber evitar, a saber rodear-te de pessoas de valor – independentemente da origem mas com valores sociais que te dão orgulho quando os apresentas como parte integrante da tua vida, sabes para onde caminhas – o passo é seguríssimo e pode apenas sofrer atrasos para contemplar, com surpresa, verdades que a vida te mostra como desperdícios do teu tempo.

Ergues o queixo, sem nunca empinar o nariz, e constatas que realmente já fizeste muito sozinho e sempre foste bem sucedido.  Preparas-te para a corrida deste domingo sabendo que o objectivo não é ganhar mas sim sociabilizar com todos os teus novos colegas.

Andas a sorrir…e esse sempre foi o teu sinal maior de que tudo está bem. Obrigado.

Um abraço a mim mesmo – 9/4/2017

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