Terá sido a chuva?

Foram experimentar algo que nunca haviam feito anteriormente e o resultado foi muito além das expectativas. Havia o medo das alturas, o medo do rio, o medo da ponte, o medo da viagem mas…foram! Enfrentaram os medos o enganavam-se amiúde nos nomes um do outro – talvez uma consequência da falta de hábito ou do excesso de outros hábitos.
 
Chovia muito mas, por entre as árvores, conseguiram trilhar o caminho com o mínimo de humidade possível e, à beira-rio, sentiram-se como se estivessem na mais excitante das cidades de mão dada a dividirem uma refeição. Entraram numa “Twilight Zone” de recordações e, caso se tratasse de um filme, a música de fundo seria do Victor Espadinha.
 
Na televisão havia um jogo do FCP e, pelo canto do olho, ele ia vendo o evoluir do marcador. O rio corria forte e a outra margem parecia ondular, no reflexo, em direcção ao mar. A temperatura era por eles desregulada e o termóstato de nada servia.
 
Olharam-se nos olhos, beijaram-se nos lábios e levantaram-se, de mão dada, rumo ao futuro…
 
Devaneio de ano novo – 3/1/2017