Foi algures por entre a banda desenhada que tínhamos que a encontrei pela primeira vez. Confesso que foi amor à primeira vista: tinha cabelo comprido, ondulado e solto, superpoderes, era muito rapidamente promovida – graças à sua superior capacidade para lidar com interrogatórios e extrair informação do inimigo.
Conforme quem a desenhava ela tinha ou perdia os superpoderes…talvez algo do machismo de outrora…mas era muito rápida a decidir (sempre bem) e ainda mais rápida a colocar a solução em prática. Muito humana – talvez demasiado humana para este planeta – era capaz de mover montanhas para obter alegria para os mais desafortunados. Acreditava sempre numa solução alegre e batalhava por ela com todos os seus argumentos e todas as suas forças.
Altruísta ao ponto de esquecer-se de si e focar totalmente no objectivo. Obcecada…dirão os menos corajosos ao ponto de alcançarem feitos semelhantes. Sempre presente e disposta a ajudar o próximo sem pestanejar – uma supermulher que, neste mundo de comuns mortais cujo Super se resume à cerveja e gasolina, era ostracizada por uma sociedade incapaz de a compreender.
A DC Comics chamava-lhe Supermulher…eu trato-a por tu!
Só pode ser do frio…18/12/2016