Acordei com calor e sabia que estava adiantado em relação ao despertador – o amargo despertar versus a sensação de vitória sobre o despertador que habitualmente determina o fim do descanso.
Olhei à volta e vi que o edredão tinha voado durante a noite – interroguei-me tentando perceber se teria sido aquele gesto que tinha interrompido o sono…Não, eu tenho calor! exclamei para mim próprio. E levantei-me, heróico por ter vencido o despertador e cambaleando pelo mesmo facto (uma espécie de super herói depois de um dia agitado).
Olhei para o disjuntor que controla o cilindro de água quente e resolvi não o ligar – nada melhor do que um bom duche fresquinho para começar o dia…
Despido o pijama, colocado no centro da banheira e pronto para o alegre despertar! Abro a água e noto que talvez esteja excessivamente confiante face a uma água profundamente gelada. E estava… Verdade seja dita que desde as 7 da manhã a sensação que tenho é que, com o passar das horas, algumas partes da minha anatomia estão a voltar.
O excesso de confiança pode conduzir-nos a banhos gelados mas o objectivo final é atingido na sua plenitude – ficamos limpos para o dia que começa…
Aquele abraço.
Henrique Milheiro da Costa Correia de Matos